Artrite séptica em paciente pediátrico evoluindo com tromboembolismo pulmonar após abordagem cirúrgica
Palavras-chave:
Tromboembolismo pulmonar, Artrite sépticaResumo
Introdução: As infecções articulares tem diversas etiologias como: bactérias, fungos, micobactérias e vírus. A artrite séptica pode ser classificada como artrite fúngica ou artrite bacteriana. O quadro clínico da artrite bacteriana é de início agudo, envolvendo febre, dor nas articulações, edema e limitação da amplitude de movimento. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo relatar o caso clínico de um paciente pediátrico com artrite séptica que evolui com uma complicação de tromboembolismo pulmonar após abordagem cirúrgica. Materiais e métodos: Trata-se de um relato de caso com revisão da literatura, a partir da análise de prontuário e aprovado pelo do comitê de ética em junho de 2023. Descrição do caso: Paciente masculino, 10 anos, comparece a UPA, com relato trauma no joelho direito há seis dias associado a um quadro febril. Foi solicitado exames laboratoriais que evidenciaram global de leucócitos: 23530mm3 e PCR: 152,2mg/l. Ao ser avaliado pela ortopedia foi realizada artrocentese do joelho direito, que evidenciou liquido articular de aspecto habitual, enviado para análise. Após 24 horas o paciente evoluiu com limitação e movimentos, dor intensa a mobilização passiva e ativa em articulação coxofemoral direita e discreto derrame articular em joelho direito. Tendo como principal hipótese diagnóstica a artrite séptica em quadril direito, o paciente foi submetido a artrotomia de quadril direito na qual foi notada secreção sero-hemática levemente amarelada. Durante a internação, 48 horas após o procedimento cirúrgico, o paciente apresentou um quadro de taquipneia, FR: 34 irpm, taquicardia, FC: 126 bpm, PA: 86x50 mmHg e saturação limítrofe em ar ambiente. Foi solicitada à avaliação da cirurgia vascular que por meio do exame Duplex scan venoso do membro inferior direito confirmou a hipótese de trombose venosa profunda de aspecto recente e oclusivo em segmento fêmoro-poplíteo, associada a tromboembolismo pulmonar. Diante o quadro de complicação foi discutido com a hematologia a anticoagulação plena com enoxaparina. Ao final do tratamento paciente obteve melhora nos exames de PCR:67,4 mg/l, se apresentava com ótima evolução global. Conclusão: O tratamento realizado de maneira adequada permite que o paciente tenha uma melhor evolução e com menos possibilidade de futuras intercorrências.
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- 19-08-2024 (2)
- 04-08-2024 (1)
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